quinta-feira, setembro 13, 2007

O Homem-Almofada



«- Mas o que ele faz é diferente!! Ele salva meninos felizes da vida infeliz que vão levar daí para a frente! Salva-os de todas as coisas horríveis que o futuro lhes reserva! Tu não! Tu chacinaste-os!
- Não, eu não os chacinei!!! Se os tivesses chacinado tinha feito assim, e depois assim, e assim... e não..eu só fiz assim....»

E durante duas horas e trinta minutos estamos ali a descobrir como morreram aquelas crianças. De que forma as viagens fantásticas imaginadas por K. acabaram numa caixinha escondida no vaso da árvore de Natal.

«-É um óptimo esconderijo, K!! Tinha a certeza que nunca mais lá íamos..pelo menos até ao Natal!!»

E enquanto ouvimos aquelas histórias deixamo-nos levar, sempre com um sorriso nos lábios.
Como é que há tanto carinho e ternura naquelas palavras atrozes?

« -Sabes, ele ficou assim parado a olhar para mim, tal como tu disseste...»

E quando tudo acaba com uma menina pintada de verde a brincar com três porquinhos, é um bom final! É um muito bom final. Era uma boa história.

«Era uma vez um rapazinho cujos pais, desde o dia em que nasceu, inundaram de amor, gentileza, carinho e essas coisas todas. (...) A última parte da experiência dos seus pais tinha terminado.»
Katurian K. Katurian

«- Não é redonda! A almofada não é redonda! Diz a palavra!! Diz a palavra!!!
-A almofada é circular!!!!»

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